Atualmente sempre que saímos à rua ou se formos a um café, observamos pessoas a utilizar o seu smartphone, estejam sozinhas ou rodeadas de mais pessoas. Este é uma prática muito pouco saudável, e pior ainda se não conseguirmos ter controlo na mesma. Novo estudo aponta que o uso do smartphone pode ser tão viciante como o de cocaína ou outras drogas.
É verdade que as tecnologias são muito importantes em vários aspetos, no caso dos smartphones permite-nos ter toda a informação necessária na ponta dos dedos, estar sempre atualizados, em contacto direto com pessoas, entre outras tarefas, tanto sociais como profissionais.
Como outros vícios, o cérebro deteta aquilo que nos dá prazer fazer, e dá-nos a sensação que “precisamos de mais” para nos sentirmos melhor. Se não soubermos contraria essa reação, vamos entrar no loop viciante, de modo a saciarmos a vontade do nosso cérebro.
O smartphone tem atualmente ingredientes suficientes para nos tornarmos dependentes do mesmo.
Um recente estudo realizado na Universidade de Heidelberg na Alemanha, indica os efeitos que o vicio do smartphone tem no corpo humano.
Um dos resultados observados foi que o uso excessivo e compulsivo do smartphone diminui a massa cinzenta e liberta dopamina no cérebro do utilizador. Esse efeito é muito idêntico ao que acontece em consequência do uso de cocaína. A massa cinzenta é a responsável por algumas das funções mais importantes do ser humano como a visão, audição, dala, controlo muscular e saúde mental.
De uma ressonância magnética realizada a 48 participantes, 22 dos dependentes apresentavam uma menor quantidade de massa cinzenta e com imperfeições. Por sua vez, os restantes 26 que não apresentavam dependência, possuíam essa área como seria esperado.
“Comparativamente ao grupo controlado, os sujeitos com dependência de smartphones apresentaram um menor volume de massa cinzenta na ínsula anterior esquerda, córtex temporal e para-hipocampal inferior.”
Resultados semelhantes a estudos do vício de droga
Curiosamente, nos EUA foi feito um estudo das causas do consumo de cocaína, pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, onde os resultados foram semelhantes.
Estes resultados alarmam os investigadores que acrescentam: “Dado o uso generalizado e a crescente popularidade, o estudo questiona a inofensividade dos smartphones, pelo menos em sujeitos que podem correr um maior risco de desenvolver comportamentos dependentes relacionados com smartphones.”
Estas são informações um pouco alarmantes, isto porque atualmente maior parte da população, principalmente a mais nova, tem acesso a este tipo de equipamentos, e desde muito cedo.
Estes resultados são uma chamada de atenção para a dinâmica que temos criado ao longo dos anos, e são cada vez mais as pessoas encontradas curvadas a olhar fixamente para o seu smartphone.
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