O famoso antivírus Avast, está a ser rotulado como “spyware” após ter sido descoberto que vende dados de hábitos de navegação dos utilizadores desde 2013.
Muitos utilizadores estão insatisfeitos com esta descoberta, visto que o que aplicação devia fazer era garantir a sua proteção. Houve dois browsers preocupados com a situação, o Mozilla e o Opera, que chegaram a remover algumas ferramentas do Avast das suas lojas de complementos.
Segundo a Forbes, o presidente-executivo, Ondrej Vlcek, disse que não existe escândalo de privacidade neste caso, e que todas as informações vendidas não podem ser rastreadas até aos utilizadores individuais.
Segundo Vlcek, os utilizadores têm as suas atividades guardadas a partir das extensões para o navegador Web, mas antes das mesmas chegarem outras empresas, os dados de qualquer coisa que possa expor a atividade do utilizador são retirados pela marca.
Mas para que servem esses dados?
Os dados são por exemplo para mostrar a percentagem de visitantes que foram de um site para outro, e pode ajudar qualquer pessoa ou empresa que faça análise de campanhas publicitárias.
“Os clientes típicos seriam, por exemplo, investidores que se interessariam em como as empresas online se estão a sair em termos de novas campanhas”, explica o novo chefe da Avast.
Como garantia final, Vlcek disse que reconhece que os clientes usam o Avast para proteger as suas informações, e não pode fazer nada que possa “burlar a segurança da privacidade dos dados, incluindo a segmentação por anunciantes”.
A venda de dados de utilizadores do Avast atraíram a preocupação na semana passada, após o fundador do Adblock Plus ter relatado os dados para o Mozilla e Opera. Agora, o objetivo do fundador do Abblock, Wladimir Palant, é que o Google Chrome também remova esta extensão, sendo este navegador o mais utilizado do mundo.